- Em 2023 o e-commerce deve manter suas tendências dos anos anteriores e continuar expandindo conceitos que estão começando a se consolidar.
- O principal desafio ainda é se destacar como uma opção mais interessante do que o varejo físico e proporcionar atendimento personalizado aos clientes.
- As empresas que não possuem uma boa familiaridade com os recursos das redes sociais serão cada vez mais pressionadas a utilizar essas ferramentas.
- Estar ativo na web e mostrar não apenas produtos, mas também valores, é um diferencial que será cada vez mais importante daqui em diante.
O e-commerce é um modelo de negócio que não conhece a crise, pelo contrário, ele cresceu muito por causa dela.
Os dados da ABComm Forekast (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) mostram que o crescimento das vendas digitais em 2022 foi R$18 bilhões acima do esperado.
Atualmente se espera que o comércio digital movimente R$169,59 bilhões, sendo que o ticket médio estipulado é de R$460 e 368,68 milhões de pedidos, um número sem dúvidas muito impressionante.
Em 2023 a tendência de crescimento promete prosseguir, afinal, este segmento agora está melhor consolidado e muitos brasileiros já confiam nas compras pela internet.
A previsão é que o crescimento seja de R$185,7 bilhões, sendo que o ticket médio deverá chegar à marca dos R$470, enquanto serão 395,1 milhões de pedidos feitos em todo o Brasil.
De acordo com a consultoria McKinsey, a integração dos canais físicos e digitais deve se manter como uma tendência crescente até 2030, que deve ser o tempo que o comércio consiga se adaptar às novas mudanças.
Em 2023 é preciso ir atrás dessas adaptações e isso precisa ser feito através do levantamento de informações e dados pessoais do consumidor a fim de criar estratégias cada vez mais personalizadas.
Garantir essa exclusividade é a chave do sucesso para as empresas, e é aplicando este conceito que nós iremos falar neste texto sobre as principais tendências para o e-commerce em 2023.
Tendências Para o E-commerce
Imersão
Um dos grandes problemas que faz com que muitos consumidores optem por fazer compras é a dificuldade que o ambiente digital tem em proporcionar experiências ao consumidor.
Antes da compra, o cliente não tem como tocar, vestir ou analisar o produto de perto para saber se o que ele comprou corresponde às expectativas dele, o que é algo que o varejo físico lida muito bem.
Os dispositivos de realidade aumentada e realidade virtual são alguns tipos de recursos desenvolvidos na tentativa de solucionar este problema e pode ser aplicado em alguns modelos de negócio.
Lojas que possuem pontos físicos de venda também se disponibilizam para que os clientes possam visitar e experimentar os produtos.
No caso daquelas que não podem contar com nenhuma dessas alternativas, é preciso buscar solucionar dúvidas e oferecer o máximo possível de soluções para que o cliente consiga ter uma boa clareza da mercadoria que ele quer comprar.
Fotos Bem Trabalhadas
Quem despreza fotos bem trabalhadas na hora de vender produtos pela internet está um passo atrás quando o assunto é marketing.
O consumidor precisa ser impressionado, e com o comércio digital se expandindo, as fotos estáticas, de baixa qualidade ou que mostram pouco do produto, não serão atraentes o suficiente para conquistar os consumidores.
As fotos não são uma frescura, ou somente um dispositivo para gerar atração, ela é um recurso que vem na cola da imersão, pois ajuda a descrever o produto e oferecer ao cliente uma noção sobre o produto que ele quer comprar.
Aliás, aí vai uma dica principalmente para microempreendedores: ao anunciar um produto, tire muitas fotos dele e de diversos ângulos que deem uma noção de tamanho, textura, qualidade, etc.
Live Commerces
Muita gente deve se lembrar daqueles programas e canais de televisão que ficavam falando dos produtos durante muito tempo enquanto um número de telefone era disponibilizado para o consumidor comprar o produto.
O live commerce funciona de forma parecida, mas ele atua através de um sistema de streaming, e ao invés dos números de telefone, a loja fornece o site ou link para o consumidor concluir a venda.
Este é um dispositivo que começou a ser utilizado durante a pandemia e que demonstrou bons resultados para muitas empresas.
O live commerce utiliza plataformas como as redes sociais para fazer transmissões ao vivo nas quais os produtos da loja são exibidos.
Esta é uma excelente oportunidade, não apenas para exibir mercadorias, mas também para demonstrar como elas podem ser utilizadas e também para tirar dúvidas dos consumidores.
Elas funcionam como eventos em redes sociais e são anunciadas com antecedência, o que acaba tendo um grande poder em engajar os consumidores em potencial.
Atendimento
A automatização do atendimento através de robôs deve continuar sendo uma tendência crescente entre as empresas.
Isso porque os chamados chatbots possuem a capacidade de serem programados para responderem perguntas frequentes, o que desafoga bastante o trabalho dos atendentes humanos.
Além disso, essa capacidade do cliente fazer o seu autoatendimento pode simplificar alguns processos, mas é preciso lembrar que isso não vale para todos os casos.
Aliás, uma das queixas recorrentes dos clientes é que as empresas falham em reconhecê-los como um indivíduo com características e demandas pessoais.
É preciso prezar pela eficiência e agilidade na hora de atender, mas sem deixar de impressionar o cliente de acordo com as expectativas que ele possui.
Estudar muito bem o perfil do consumidor, verificar os analytics, as métricas nas redes sociais, fazer pesquisas de mercado são algumas das medidas importantes para conhecer para quem a loja está vendendo.
Para sintetizar este tópico: foque em praticidade, mas sem perder a qualidade.
Boa Presença Digital
As redes sociais possibilitaram um grande alcance do marketing de produtos e tornou o processo mais viável para as empresas, que antes precisavam investir em peças publicitárias, o que na maioria das vezes era caro.
Mais do que ter um perfil no Whatsapp, Facebook, Instagram, Tik Tok, YouTube, etc. as empresas precisam focar em um fluxo de publicações constantes e em uma boa interatividade com os seus clientes.
Os clientes hoje muitas vezes consideram uma possibilidade de compra enquanto navegam na internet e as empresas que não têm um perfil ou que não têm informações o suficiente sobre funcionamento e produtos, serão desconsideradas.
Mais do que isso, é preciso buscar formas de utilizar esses recursos para fazer o negócio expandir e para isso é preciso conhecer bem as suas ferramentas.
Valores da Marca
Os consumidores estão se conscientizando cada vez mais sobre os impactos ecológicos, nutricionais e sociais dos produtos que eles compram e isso é algo que as empresas não podem ignorar.
E se engana quem pensa que isso é apenas uma questão de marketing, pois as marcas que querem surfar nas principais tendências de consumo, mas não entregam uma contrapartida ao cliente, acabarão tendo sua imagem afetada negativamente.
É preciso ter um mix de produtos que leve em conta essas novas demandas, com matérias primas obtidas de forma responsável, manter projetos e um marketing que vão de acordo com o que os consumidores acreditam.
Isso possui um grande potencial de fidelizações, uma vez que os consumidores desses segmentos são mais engajados e possuem uma tendência maior em comprar de empresas que eles já confiam.
Como este comércio está em franca expansão, é preciso estar sempre atento às tendências, pois elas podem mudar regularmente.
Esperamos que essas dicas tenham sido de bom proveito e que as vendas em 2023 sejam ainda melhores. Tenham um bom ano!
Conclusão
As tendências e desafios para 2023 no e-commerce devem continuar seguindo a tendência dos anos anteriores, mas ao mesmo tempo promete se aprofundar, afinal este canal de vendas está se consolidando cada vez mais.
Com isso, as empresas devem continuar buscando modos de se mostrar como uma alternativa mais atraente do que o varejo presencial, oferecendo formas para que o cliente tenha um contato maior com o produto que ele deseja.
Investir no layout das páginas através de boas fotos dos produtos também é uma forma de tornar o comércio mais atraente.
Mas para isso, as empresas precisam conhecer bem as redes sociais e saber utilizar seus recursos com facilidade para explorar todo o potencial que elas têm para oferecer.
Com isso ela terá a capacidade de melhorar bastante a qualidade dos seus serviços, principalmente na hora de oferecer seus produtos por meio de lives ou oferecer um atendimento automatizado e ao mesmo tempo personalizado.
Para as empresas que ainda não possuem boa presença digital, o momento de começar a atuar na rede é agora.
Mais do que isso, o momento não é de apenas exibir produtos, mas mostrar que a empresa está alinhada com os valores do cliente e possui responsabilidade com causas sociais, ambientais, ecológica, etc.
