A gestão de estoque só é eficiente quando se utiliza métodos para organizar o acervo e evitar que as mercadorias fiquem encalhadas nas lojas.
Para que seja um sucesso, é preciso fazer um bom planejamento que leve em conta a demanda do consumidor para poder alinhá-la à oferta da empresa.
Mas não basta ter um bom método para fazer a gestão, é preciso fazer o monitoramento constante para ver se tudo está ocorrendo como esperado.
Além disso, utilizar novas tecnologias para otimizar todo o processo pode ajudar a empresa a ter mais agilidade e eficiência na hora da reposição.
O momento em que o cliente olha para as gôndolas enquanto procura o produto que estava planejando levar é quando ele toma a decisão de compra.
E, independente se a compra foi feita por impulso, a falta de uma mercadoria na prateleira pode significar, em muitos casos, uma perda de venda para a empresa.
Antecipar a reposição dos itens do estabelecimento é muito importante para não ter nenhum prejuízo e é por isso que é preciso fazer uma gestão de estoque que garanta a presença dos produtos nas prateleiras e a otimização do espaço nas gôndolas e no acervo.
No entanto, fazer uma boa gestão pode não ser tão simples para alguns quanto parece. Por isso, vamos falar neste texto sobre algumas soluções para otimizar esta função.
Dicas Para Otimizar a Gestão de Estoque
Cada estoque pode ser otimizado de maneira adequada ao seu próprio perfil de vendas. No entanto, há três dicas que podem beneficiar uma série de segmentos comerciais para ajudar a aumentar o lucro e a diminuir os gastos:
1. Conheça as principais causas de ruptura
Pode parecer redundante e até desnecessário dizer que a gestão de estoque é, antes de qualquer coisa, organização e que uma série de outras atividades da empresa dependem de uma execução metódica desta etapa.
Mas é extremamente necessário aprender a gerir o estoque para evitar a ruptura, ou seja, a falta de algum produto.
As causas mais comuns para a ruptura de estoque são:
- demora para fazer o abastecimento do estoque;
- falta de planejamento ou erros na hora das compras;
- falhas operacionais do fornecedor;
- cálculo incorreto do estoque de segurança.
Soluções para demoras na reposição
Em alguns setores comerciais, é preciso ter um cronograma para as reposições de estoque para que a indústria consiga dar conta da demanda dos fornecedores que, por sua vez, precisam lidar com as empresas que abastecem.
Ao utilizar este método, a empresa consegue evitar a indisponibilidade de produtos e formular sua reposição usando as mercadorias que vendem mais como referencial para solicitar novos lotes.
Soluções para faltas e falhas na reposição
As falhas na reposição ocorrem quando, por algum motivo, o estoque vem abaixo ou acima do que era necessário para abastecer o acervo.
Nesses casos, é preciso ter uma metodologia para fazer o abastecimento. Uma delas é o indicador de desempenho, uma conta simples que pode ajudar a verificar se o estoque está próximo ou não do ideal.
Neste caso, é preciso calcular o total de itens sem estoque e dividir pelo total de produtos estocados e, por último, multiplicar por 100 – afinal, queremos criar um percentual que indica ruptura de estoque em relação ao total de mercadorias.
Veja a seguir um exemplo de como fazer o cálculo:
- Itens em falta: 12
- Itens para venda: 98
- Cálculo (12/98) x 100 = 12,5%
Quanto menor o valor, menor é a ruptura. Portanto, cada empresa deve fixar um limite para este percentual que seja tolerável para o seu negócio.
Lembrando que a programação das reposições deve ser feita de acordo com a demanda de cada produto e, portanto, caberia à empresa checar quais itens possuem mais ou menos saída para que a gestão esteja de acordo com o seu fluxo de vendas.
Muitas vezes, o uso de softwares pode otimizar essas tarefas. Falaremos mais sobre isso no tópico de número 5.
Soluções para problemas com os fornecedores
Em geral, não há muito o que fazer quando as falhas operacionais são de total responsabilidade do fornecedor.
A empresa pode ponderar se o distribuidor é mesmo de confiança e, em seguida, decidir se irá optar encontrar por outra prestadora deste serviço ou não.
No entanto, é muito importante tentar ter uma boa relação com os fornecedores, pois isso cria um vínculo de confiança entre as duas partes que pode ajudar na negociação, caso haja algum tipo de problema na hora da reposição.
Sobre o estoque de segurança
O estoque de segurança é um número mínimo definido para a empresa da quantidade do produto que ela manterá em seu estoque para que não ocorra a falta dele.
É muito comum que algumas empresas comprem uma quantidade um pouco maior do produto para evitar o aumento nos preços ou até mesmo para ter estoque em caso de eventuais atrasos no fornecimento.
2. Atenção aos indicadores
As estratégias para a gestão de estoque são apenas uma parte do que a empresa deve fazer para gerir bem os seus recursos.
No entanto, o que mostra se ela está sendo bem sucedida são os indicadores, que ajudam a verificar se os objetivos estão sendo alcançados e quais medidas devem ser tomadas.
Um dos principais fatores que devem ser observados é o giro de estoque.
Saber o tempo médio que um produto fica armazenado ajuda a identificar quais são os mais e os menos vendidos, o que é fundamental para traçar estratégias para uma boa gestão.
Também é importante observar a disponibilidade em gôndola, que ajuda a diagnosticar a razão da falta de um determinado produto na prateleira. Essa informação é útil para determinar as ações para a reposição dos itens da loja.
Outros indicadores importantes são a lucratividade e o impacto no faturamento, que ajudam a analisar as perdas e ganhos financeiros do comércio.
Essas métricas ajudam não apenas no planejamento, mas também na programação das reposições, o que também é outro fator importante para evitar as quebras no estoque.
3. Soluções para mercadorias sem giro
Quando a empresa tem atenção aos dados relacionados ao giro de estoque, ela obtém informações sobre produtos que precisam de um impulso para aumentar as suas vendas.
Manter itens que têm pouca ou nenhuma saída é algo que não dá um retorno satisfatório para a empresa, pois ocupam espaço no depósito e acabam se tornando desperdício de dinheiro.
Uma vez que mantê-las no estoque representa um prejuízo, o melhor a se fazer é criar ofertas ou kits promocionais para melhorar a saída, aumentando o ganho financeiro e o espaço para armazenamento de outros produtos mais lucrativos.
Em alguns casos, ainda é possível aproveitar as datas comemorativas ou outras sazonalidades para emplacar promoções.
4. Conheça a demanda
Vale lembrar que uma forma de evitar que a mercadoria encalhe é conhecer a demanda do consumidor e, para isso, é bom fazer pesquisas de mercado ou ajustar a oferta de acordo com o fluxo de vendas que a empresa já possui.
Ao identificar esses pontos sobre a saída dos produtos, a empresa também consegue identificar se precisa destinar mais ou menos espaço para aquela mercadoria em seu estoque.
O comportamento do cliente pode ser moldado por fatores econômicos, geográficos, sociais e até mesmo por questões pessoais. Portanto, é preciso ter atenção a questões que podem influenciar uma possível mudança na tomada de decisões.
5. Investimento em Tecnologia
O gestor de estoque precisa levantar muitas informações, algumas delas de forma repetitiva. Muitas vezes, o controle manual é demorado e impreciso e, por isso, pode se tornar um método ineficaz.
O uso da tecnologia pode melhorar a produtividade, tornar o processo mais ágil e diminuir os custos e erros.
Soluções tecnológicas também ajudam a obter dados mais precisos sobre as vendas, a quantidade de uma mercadoria e o valor em estoque, ajudando a comprar os produtos necessários nas quantidades adequadas, o que é o ideal para reduzir as falhas humanas na contagem e nos cálculos.
Ter um sistema integrado de gestão empresarial para fazer a gestão de estoque pode oferecer diversas soluções para as operações logísticas de uma empresa.
Essas ferramentas podem oferecer benefícios como:
- Monitorar os níveis de estoque da loja;
- Fazer um planejamento para o abastecimento do acervo;
- Organizar o recebimento de pedidos e das cargas;
- Monitorar e reduzir o risco de ruptura de estoque.
Conclusão
A reposição de estoque pode ser uma tarefa trabalhosa para as empresas, mas a falta de organização para executá-la pode causar problemas.
Neste texto, vimos que os pilares para um bom método de gestão são: planejamento, monitoramento, usar ferramentas de otimização e ter preparo para lidar com possíveis emergências.
Cada comércio lida com um perfil de negócios e uma demanda e, portanto, é preciso mapear muito bem a saída dos produtos para que a reposição do estoque seja feita com base em números precisos.
Para concluir, é preciso lembrar que tarefas complexas demandam tecnologias modernas para garantir melhores resultados e é por essa razão que um sistema integrado de gestão empresarial é tão importante para o desempenho desta tarefa.