O Ponto de Vendas vai Acabar?: O Futuro do Varejo Físico

  • Muitas pessoas podem se perguntar sobre o futuro dos pontos de vendas em meio ao grande avanço que o e-commerce está vivendo nos últimos anos.
  • No entanto, o comércio físico ainda continua sendo um recurso estratégico e deve ser complementado ao digital para manter um bom fluxo de vendas.
  • Isso porque além de ser um centro de experiência e de emoção, a loja física pode funcionar como um ponto de retirada e distribuição de mercadorias.
  • Para juntar o físico e o digital de uma forma eficiente, é preciso que as estratégias e ações implementadas funcionem de maneira integrada.

 

A evolução do e-commerce nos últimos anos e a explosão desse canal de vendas durante a pandemia do COVID-19 pode ter feito muitas pessoas se questionarem sobre como será o futuro dos pontos de vendas ou até mesmo se terão alguma utilidade diante dessa forte tendência que está mudando a forma como o consumidor conduz sua jornada de compra. Para responder, é preciso entender o papel de cada forma de negócio para prever seu futuro.

De fato, o varejo está cada vez mais tecnológico e a internet tem ocupado um lugar de destaque nas vendas de vários comércios, especialmente motivado pela mudança de hábitos que tivemos nos últimos anos. Mas muitas empresas ainda usam o ponto de vendas como um importante centro de logística e experiência. Além disso, as pessoas nunca irão parar de sair de casa, o que fará com que as lojas físicas sempre tenham sua importância.

No entanto, não se pode achar que o fato de que os pontos de venda não estejam no fim signifique que nenhum ajuste precisa ser feito. O e-commerce abriu um leque de possibilidades de compra que não existia antes. Agora, até mesmo um comerciante que vive em outro lado do mundo pode ser um concorrente em potencial. Por isso, é muito importante saber lidar com essa nova realidade para manter um bom faturamento no varejo.

Qual é o Momento do Ponto de Vendas?

Durante o isolamento social, o que vimos foi um alto crescimento nas vendas pela internet. Somente no primeiro ano, as vendas por e-commerce cresceram 74%, de acordo com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. Embora isso tenha sido fortemente motivado pelo fato de muitas pessoas estarem fazendo tudo de casa e de que o comércio estava quase todo fechado, essa tendência não deve ficar para trás.

Uma pesquisa realizada pelo Google mostrou que, até o ano de 2025, o e-commerce irá crescer 42% no Brasil e irá representar 39% do crescimento total de vendas do comércio varejista. O período estipulado pela pesquisa é relativamente curto e o avanço que ela prevê é muito grande, o que pode fazer com que alguns pensem em algo a médio ou longo prazo se as proporções têm a capacidade de serem ainda mais expressivas.

Por outro lado, a pesquisa Consumer Pulse, feita pela Dunnhubby, mostrou que após a pandemia as visitas às lojas físicas voltaram a crescer e hoje predominam em relação ao e-commerce, com 60% das vendas. Entretanto, ⅔ dos consumidores compram produtos em ambos os canais de venda, ou seja, isso revela que o ponto de venda ainda é uma forma de negócio relevante, já que a maioria das pessoas não opta entre o local e digital, mas por usar os dois.

Ir aos pontos de venda é, para muitas pessoas, uma forma de lazer, algo agradável para se fazer em família. Outras passam pelas lojas físicas passeando despretensiosamente. Não é preciso achar que o momento é de desistir de ter um comércio de rua, shopping ou afins, mas sim de saber o que é preciso fazer para adaptá-lo à realidade à qual o mercado está tendo que aderir para poder entender como o digital pode alavancar as vendas.

O Ponto de Vendas Vai Acabar?

Como podemos ver, não há motivos para acreditar que o ponto de vendas irá acabar tão cedo, pois as vendas presenciais são algo que faz parte da vida social das pessoas. No entanto, o digital está conquistando uma importância cada vez maior para a elaboração dos negócios, pois ele é capaz de implementar melhorias em todas as etapas da jornada do consumidor, seja na atração, aproximação, venda, entrega da mercadoria ou no pós-venda.

O digital está crescendo como uma alternativa complementar ao ponto de venda e pode ser uma boa forma de chamar atenção para o espaço físico da loja, pois é um excelente dispositivo de marketing e engajamento. Enquanto isso, o espaço físico se coloca como um centro de experiências e emoções, que também pode ser usado como, por exemplo, um ponto de retirada de produtos que os clientes compraram através do e-commerce.

Nas estratégias omnichannel, o físico e o digital se complementam de forma integral. Isso significa que o cliente está conseguindo cada vez mais personalizar a sua compra através dos dois canais de venda. As empresas devem pensar no ponto físico como uma alternativa para apresentar ao consumidor pata que ele possa escolher de qual maneira vai conhecer a loja, visitá-la, conhecer os produtos, experimentá-los, pagar por eles e retirá-los.

As empresas que atuam principalmente no físico e não possuem uma infraestrutura muito grande a ponto de crescer no e-commerce também não devem abdicar do digital como uma alternativa para os seus negócios. Afinal, ter um espaço com avaliações do cliente, com informações do negócio e em que é possível conversar com o consumidor e até mesmo fazer eventuais entregas para ele já melhora muito as perspectivas de negócio das lojas.

Quais São as Melhores Estratégias Para o Ponto de Vendas?

É claro que as melhores estratégias de venda dependem muito do modelo de negócio da empresa, de seu público-alvo, do tamanho que possui e a infraestrutura que ela dispõe, mas a eficiência no físico e no digital depende principalmente de estratégias que funcionem de maneira integrada. Os canais precisam conversar entre si, fomentar-se mutuamente e oferecer ao consumidor a forma mais conveniente de avançar em sua jornada de compra.

O foco dessas estratégias deve estar direcionado para proporcionar boas experiências e minimizar os atritos de venda que o cliente pode encontrar durante a jornada, ou seja, tudo aquilo que faz com que ele desista de adquirir um produto. Dessa forma, o objetivo principal é a fidelização de consumidores, pois isso ativa um engajamento maior de pessoas em torno da marca, o que aumenta bastante o potencial de consumo de cada comprador.

As empresas precisam manter uma boa comunicação interna a fim de que as estratégias de todos os canais funcionem em conjunto, levando em conta principalmente o perfil do público-alvo da empresa e o comportamento que o consumidor desempenha durante a jornada de compra. Assim, a aproximação, o contato, as vendas e pós-vendas se alinharão com o interesse e as demandas que as pessoas que frequentam a loja demonstram.

Com isso, podemos dizer que o comércio varejista está passando por um período de adaptação no qual as tecnologias digitais ocuparão um lugar importante para os seus negócios, mas não há motivo para crer que, com isso, os pontos de venda chegarão ao fim, pois eles ainda são uma parte importante do convívio das pessoas em nossa sociedade e também são ferramentas estratégicas para ter negócios que são mais lucrativos.

Conclusão

As vendas feitas através do e-commerce cresceram bastante nos últimos anos e a tendência para os próximos é que passem a  representar uma proporção ainda maior do valor total de vendas no varejo. Mesmo diante de um cenário como este, o comércio físico ainda continua sendo um importante canal de negócios, além de ser um recurso fundamental para as estratégias de marketing atuais, que exploram múltiplas plataformas.

O ponto de vendas é um importante centro de experiência e emoção, além de ser uma opção de lazer e um espaço de convívio social. As novas tendências de negócio não devem fazer com que eles desapareçam completamente do mercado, e sim que sejam adaptados através da incorporação das novas tecnologias em seu modelo de negócio para que, através disso, a marca proporcione maior atração e conversão de clientes.

Usar múltiplos canais de negócios durante a jornada de consumo do cliente de forma bem sucedida depende da elaboração de uma estratégia de marketing que funcione de forma integrada, o que significa que tanto no físico quanto no digital, a empresa deve lidar com o consumidor com a mesma intenção e propósito. As plataformas podem e devem funcionar de maneira complementar, mas jamais de forma contraditória, pois isso é ruim para a sua reputação.

Mesmo que uma loja atue predominantemente no físico e não tenha ou não pretenda ter um e-commerce, ainda vale a pena investir em presença digital, pois quanto mais etapas da jornada de consumo o cliente puder fazer em múltiplos canais, melhor será o retorno para a loja. As empresas devem buscar fazer o máximo possível para manter essa atuação, pois cada vez mais, isso é algo que garantirá que não fiquem obsoletas.

Links Para Leitura

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email
Compartilhar no whatsapp

Veja também