Poder de Compra: Como Vender Mesmo com Variações

  • O poder de compra de um consumidor pode estar atrelado a uma série de fatores que podem ser socioeconômicos ou até mesmo individuais.
  • Por estar relacionado a fatores diversos, as empresas devem conhecer bem quais razões podem influenciar neste processo para conseguirem se precaver.
  • Uma empresa que sabe qual atitude tomar em um cenário onde as pessoas estão comprando menos pode sofrer menos impactos financeiros.
  • Mais do que preço baixo e ofertas, as empresas precisam ter um bom planejamento para manter um bom índice de vendas sem ter prejuízos.

 

Uma loja possui um público específico, uma faixa de preço dos produtos e um ticket médio. Tudo isso é feito para atender a uma demanda que pode incluir uma série de variantes, inclusive a renda financeira média que a persona possui. Esse planejamento precisa ser seguido para que a empresa não perca o foco de vendas, mas é preciso levar em conta o poder de compra do consumidor e muitos fatores podem acabar influenciando nisso.

É importante ter atenção a esses fatores para manter um bom índice no número de vendas. Muitas vezes, o poder de consumo diminui por causa de fatores externos que envolvem a situação socioeconômica do país, como a inflação, o efeito da renda, a taxa de desemprego e a informalidade. Mas, claro, também é preciso tomar ações de forma ordenada para que o resultado final seja lucrativo e não haja nenhum prejuízo para a empresa. 

No entanto, ao tomar decisões estratégicas, o comerciante pode ter dúvidas sobre quais são as ações que podem gerar lucro ou prejuízo e o que pode causar essas variações no potencial de compra do cliente. Neste texto, iremos falar sobre algumas coisas que podem solucionar essas dúvidas e veremos que, na verdade, as atitudes a serem tomadas nessas situações são bem simples, mas podem ajudar a driblar a queda nas vendas em tempos difíceis.

O Que Influencia o Poder de Compra?

O poder de compra pode estar relacionado a uma série de fatores que podem incluir o momento econômico que o país atravessa, mas também pode estar ligado a um motivo individual de cada cliente, como as fontes de renda que ele possui. Se a inflação aumenta ou se mantém estável e a renda do cliente acompanha esta tendência, na prática, não há mudanças significativas. Portanto, há uma série de variáveis que podem influenciar nisto.

Com isso, podemos dizer que, mesmo se um estabelecimento aumentar o preço dos seus produtos, não significa que o cliente terá seu poder de compra reduzido. Afinal de contas, o salário mínimo pode acompanhar essa tendência de crescimento ou a população do país pode passar a receber uma média maior de salários mínimos. Se as pessoas em geral estão com um poder maior de compra, um aumento nos preços não trará impacto.

No entanto, muitas vezes, ocorre um cenário de inflação alta em que o poder de compra do consumidor se reduz. Aliás, esta é a grande preocupação de boa parte dos comerciantes, pois uma crise econômica naturalmente acaba trazendo impactos para o seu negócio. Em momentos como este, é possível que o varejo consiga continuar tendo um crescimento, ainda que seja menor do que em relação a períodos em que a economia vai bem.

Independente do cenário que a economia do país estiver atravessando, é importante sempre observar cuidadosamente essas tendências para saber quais são as medidas que devem ser tomadas em contextos mais ou menos favoráveis. O comércio varejista precisa estar pronto para lidar com o público em situações nas quais há maior e menor poder de compra e, por isso, é indispensável se antecipar e planejar ações efetivas para lidar com a demanda.

Quais Fatores Influenciam o Poder de Compra?

Inflação

Inflação é o termo que se usa para descrever o aumento contínuo nos preços dos bens e serviços. Ela pode ser motivada por uma série de fatores que causam um aumento em cadeia e é calculada pelo índice do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Quando o ganho médio da população não acompanha a inflação, isso significa que as pessoas estão perdendo poder de compra, mesmo que, na prática, elas continuem ganhando o mesmo valor de antes do aumento nos preços. 

Em cenários como esse, o consumidor diminui a compra, sobretudo de itens supérfluos, e foca sua atenção principalmente em itens básicos e mantimentos.

Desvalorização da Moeda

Quando a moeda nacional enfraquece perante ao dólar, a importação fica mais cara. Isso traz impactos não apenas ao valor do produto trazido de fora, mas também em todos os outros derivados dele, o que acaba gerando um aumento no preço final das mercadorias vendidas dentro do país.

O dólar alto também faz com que os produtores nacionais vendam seus produtos no mercado externo, fazendo que o produto fique no mercado interno.

Com itens mais caros, os consumidores levarão uma quantidade menor ou farão a substituição daquilo que está caro por outro produto similar, além dos outros agravantes que ocorrem também em contextos de inflação mencionados no tópico anterior. 

Desemprego e informalidade 

Em um cenário de crise econômica, muitas empresas fecham e o desemprego e o trabalho informal aumentam nessas situações. Consequentemente, a renda média da população acaba diminuindo ou tendo um crescimento mais lento. 

Sem uma fonte de renda ou em situação de instabilidade financeira, o consumo também é afetado. Ou seja, este é um contexto em que o comércio varejista também é afetado e a tendência é que o crescimento nas vendas diminua ou que seu aumento seja menos acentuado.

Como Lidar com a Variação no Poder de Compra?

Planejamento de marketing

Antes de tomar qualquer atitude, é preciso fazer um planejamento das ações que a empresa irá executar. É preciso acompanhar as tendências que influenciam no poder de compra do consumidor e estar preparado para implementar mudanças para conseguir vender em meio a cenários como os que foram citados.

É muito importante conhecer a situação do consumidor em geral, mas principalmente daqueles que são parte do público alvo, que são as pessoas em quem a empresa pretende focar seus principais esforços.

Se a intenção da empresa é transmitir a imagem de barateira, ela deve pensar em como construir uma imagem em torno dos preços baixos para que o cliente perceba que aquele é o melhor lugar para comprar.

Precificação adequada

Se o período da economia é desfavorável para o consumidor, a precificação não pode ser um dificultador a mais para ele. 

Naturalmente, o preço do produto precisa embutir os valores dos impostos e demais despesas que o estabelecimento terá, mais a margem de lucro desejada. Se a proposta é vender por um preço mais baixo, é preciso fixar um preço competitivo, ter um controle rigoroso de gastos e perdas e monitorar a margem de giro e lucro.

Em hipótese alguma coloque preços se orientando somente pelos valores praticados pelos concorrentes, sem antes fazer o cálculo para descobrir a precificação mais adequada.

Ofertas

Uma boa forma de atrair a atenção dos clientes e direcionar as compras deles é através de promoções, que criam um senso de urgência e dão a eles a oportunidade de levar um produto por um preço mais baixo do que a média de mercado que ele possui.

Vale lembrar que promoção não é simplesmente colocar o preço baixo. Tudo deve ser feito de maneira planejada, pois as vendas dos produtos precisam arcar com todos os gastos da empresa, incluindo compra, transporte e armazenagem da mercadoria. Elas precisam de tempo determinado de duração, transmitir a sensação de preço baixo sem interferir no juízo de valor que o cliente tem sobre a mercadoria e gerar gatilhos de atenção nas pessoas.

Conclusão

O poder de compra pode estar relacionado a uma série de fatores que podem incluir o momento econômico que o país atravessa, mas também pode estar ligado a um motivo individual de cada cliente, como as fontes de renda que ele possui. Se a inflação aumenta ou se mantém estável e a renda do cliente acompanha esta tendência, na prática, não há mudanças significativas. Portanto, há uma série de variáveis que podem influenciar isto.

No entanto, muitas vezes, ocorre um cenário de inflação alta em que o poder de compra do consumidor se reduz. Em cenários como esse, o consumidor diminui a compra, sobretudo de itens supérfluos, e foca sua atenção principalmente em itens básicos e mantimentos. Isso gera preocupação de boa parte dos comerciantes, pois a diminuição da renda  naturalmente acaba trazendo impactos para o seu negócio.

Esse quadro pode ser agravado com o aumento da taxa de desemprego e informalidade e também com a desvalorização da moeda, que encarece os produtos no mercado interno.

Para lidar com essa demanda, é preciso ter um bom planejamento de marketing, focado em oferecer soluções mais baratas para o consumidor e que, ao mesmo tempo, contribua para a construção de uma imagem para a empresa, que mostre ao cliente que ali é o lugar onde há bons preços. 

Tais soluções dependem de um bom planejamento, a fim de oferecer preços baixos que sejam capazes de custear todos os gastos com o produto e gerem lucro para a empresa. Este princípio também se aplica nas promoções que, além de tudo, precisam despertar a atenção do cliente e criar um senso de urgência nele.

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