Veja as Tendências do Varejo para 2023

  • O varejo em 2023 irá se aprofundar nas tendências do ano, principalmente no omnichannel, e-commerce e uso de novas tecnologias para as vendas.
  • O varejo físico não ficará obsoleto, mas irá atuar de forma complementar ao digital, garantindo ao consumidor a personalização de sua jornada de compra.
  • No entanto, o e-commerce ainda enfrenta alguns problemas no Brasil, principalmente relacionados ao frete caro e aos longos prazos de entrega.
  • Por outro lado, novas tecnologias podem facilitar as compras dos consumidores e poderão ganhar mais espaço ao longo do ano.

Para 2023: Omnicialidade

A omnicialidade é uma das tendências que irá continuar se expandindo no varejo em 2023. A pesquisa feita pela Dito, em parceria com a Opinion Box, reforçou o fortalecimento dessa estratégia comercial, o que já era esperado.

De acordo com o levantamento, 84% dos consumidores entrevistados consideram que a experiência ideal de compras consiste na integração entre os canais físicos e digitais.

Por outro lado, um detalhe importante foi constatado: os clientes não consideram mais as compras presenciais como sua forma favorita de consumo.

No entanto, isso não indica que o fim do varejo presencial está próximo. Enquanto 44% dos entrevistados preferem comprar pela internet, 39% não abrem mão de um formato de compras em favor do outro.

Ou seja, boa parte dos consumidores não enxergam os dois formatos como concorrentes. Ao contrário, os veem como complementares entre si.

Na Prática, O Que Isso Significa?

A omnicialidade está ligada ao conceito do omnichannel, que significa que o consumidor pode personalizar a sua jornada de compras alternando as etapas entre o físico e o digital.

Existem diferentes tipos de vantagens que o cliente pode obter e isso é algo que a própria pesquisa consegue demonstrar.

Por exemplo, entre os pontos positivos da compra online, os entrevistados destacaram como os principais:

  • Preços melhores (67%)
  • Receber a compra em casa (62%)
  • Acesso a promoções (60%)
  • Facilidade para comparar preços (60%)
  • Possibilidade de encontrar produtos fora da região de residência (52%)
  • Evitar filas (45%)
  • Melhores formas de pagamento (37%)

Por outro lado, há também as vantagens que são proporcionadas exclusivamente pelos pontos de venda, das quais os clientes destacam:

  • Poder ver, tocar e experimentar os produtos (71%)
  • Obter o produto imediatamente (71%)
  • Receber atendimento de uma pessoa real (24%)

Somando as vantagens das duas modalidades, 87% dos entrevistados disseram que pesquisam produtos no varejo físico e terminam a compra online.

Enquanto isso, 80% dos consumidores revelaram que fazem o caminho inverso, ou seja, pesquisam no virtual e compram em um ponto de vendas.

E, além disso, 78% afirmam que fazem compras online e retiram o produto na loja presencial, enquanto 68% compram um produto na loja e pedem para entregar em casa, que são mais dois exemplos de alternância entre canais.

Neste momento, a omnicialidade já é um diferencial competitivo, mas que está se consolidando cada vez mais.

Principais Desafios do Omnichannel

Existem alguns problemas em ambos os canais que as empresas devem ter atenção, seja para identificar as principais dificuldades dos dois sistemas de vendas ou para buscar meios de contorná-los.

Nas vendas online, os principais pontos negativos apontados pelos clientes são:

  • Valor do frete (73%)
  • Preços altos (68%)
  • Prazos de entrega longos (54%)

Já nos pontos físicos de venda, se destacam:

  • Preços altos (77%)
  • Experiência ruim de atendimento (64%)
  • Pouca variedade de produtos (46%)

Essas questões irão se refletir nas estratégias das empresas, que precisam buscar soluções e parcerias para baixar o valor da compra final do cliente em ambos os canais.

Enquanto o varejo físico requer um aprimoramento dos serviços de atendimento e de um mix de produtos mais atraentes, o digital requer uma otimização nos serviços de frete.

Para as empresas que estão pensando em ampliar seus serviços para outros canais, é preciso focar mais em qualidade e eficiência, mesmo que isso demande mais tempo para conseguir realizar as suas operações.

Empresas que possuem dificuldades em proporcionar boas experiências de compra aos seus clientes também terão dificuldade em reter consumidores, o que impacta negativamente nas vendas e até na imagem da marca.

Crescimento do E-commerce e Marketplaces

Com o crescimento das vendas digitais, é natural que as plataformas de negócios também avancem. Entre elas, podemos destacar o e-commerce e o marketplace.

Lembrando que a diferença entre os dois conceitos é que o marketplace funciona como uma plataforma que abriga várias lojas virtuais dentro de si, enquanto o e-commerce se refere à venda online de produtos e serviços.

Na pesquisa da Dito e Opinion Box, 90% dos entrevistados disseram que costumam fazer compras em marketplaces.

A pesquisa, no entanto, concentrou o seu foco na atuação dos e-commerces pelas redes sociais, no qual foi observado que as principais plataformas de compra são:

  • Whatsapp (58%)
  • Instagram (47%)
  • Facebook (36%)

Lembrando que, embora o marketplace e o e-commerce estejam crescendo simultaneamente, é importante que as empresas identifiquem qual modelo de vendas é o mais adequado para o seu negócio.

O marketplace pode ser menos burocrático, pois não demanda constante reposição de estoque e não precisa pagar para ter uma loja, mas contém um modelo de taxação que pode fazer com que o e-commerce seja mais atrativo para alguns comerciantes.

Hora de Investir nas Redes Sociais

Como vimos, as redes sociais possuem grande potencial e, por isso, é preciso saber explorar e investir nelas adequadamente. Vamos falar sobre recursos das redes sociais que podem ser aproveitados.

Lives

Dos pontos positivos das redes sociais, podemos destacar as novas formas possíveis de exibir produtos, como as lives, por exemplo, que têm se mostrado eficazes para exibir e tirar dúvidas sobre as mercadorias.

Não é à toa que 40% dos entrevistados responderam que já compraram algum produto após assistir a live de alguma marca.

A rede social mais utilizada pelos consumidores para assistir lives foi o Instagram, com 59%, e em segundo lugar o YouTube, citado por 46% dos entrevistados.

Personalização do Atendimento

Um dos principais problemas que os clientes descrevem em relação ao atendimento nas redes sociais é a falta de personalização.

Normalmente, as mensagens padrões não levam em conta o comportamento e as demandas do consumidor e isso é algo que as empresas devem ter mais atenção.

Ao todo, 72% dos entrevistados disseram que esperam que as empresas os identifiquem como indivíduos únicos e reconheçam seus desejos no momento da compra.

A personalização garante não apenas melhores experiências de compra, mas também mais conversões de clientes. Afinal, a probabilidade de vender algo que seja interessante para ele se torna maior.

A própria pesquisa da qual estamos tratando mostra isso: 73% dos clientes optam por comprar de marcas que já proporcionaram a eles uma experiência personalizada.

Auxílio de Tecnologias

As vendas pelas redes sociais permitem e muitas vezes até mesmo requerem o auxílio de tecnologias para viabilizar a compra ou, ao menos, torná-la mais fácil.

É fato que as inovações estão acontecendo a todo momento e muitas delas não são tão acessíveis ao grande público e, muitas vezes, acabam até passando despercebidas como um possível recurso a ser utilizado.

Por outro lado, outras já estão melhor consolidadas. Entre as mais utilizadas, nós podemos destacar: 

  • QR Codes (56%)
  • Carteiras digitais (53%)
  • Chatbots (30%)

Mesmo que a empresa não tenha interesse em utilizar esses recursos por ora, é preciso estar atento a eles e continuar acompanhando essas demandas, pois elas podem se consolidar como tendências fortes.

Contar com recursos auxiliares de tecnologia pode ajudar a viabilizar mais compras ou ser um atrativo a mais na hora de conquistar o consumidor.

As tendências citadas prometem influenciar o comportamento dos consumidores e do varejo durante o ano inteiro, mas ainda é preciso continuar atento ao longo do ano para possíveis novidades que possam surgir.

Desejamos a todos um bom ano e bons negócios em 2023.

Conclusão

Os avanços do varejo digital prometem continuar aprofundando sua tendência no ano de 2023. Isso não significa que o varejo físico perderá sua relevância, mas que os canais de venda atuarão de forma cada vez mais complementar.

Manter presença no varejo digital é cada vez mais indispensável para as empresas, pois isso ajuda não apenas nas vendas, mas também na aproximação entre o consumidor e a marca e em possíveis decisões de compra – quem não é visto não é notado!

No entanto, as empresas precisam atuar em múltiplos canais sabendo das possíveis limitações e desafios que terão pela frente.

Investir em frete barato e de qualidade, buscar formas de abaixar o valor final do produto e melhorar o atendimento são os principais desafios que ainda é preciso solucionar para agradar mais os consumidores.

Por causa do avanço nas vendas pelo e-commerce, as plataformas de venda, como as redes sociais e marketplaces, também irão crescer.

É preciso investir em formas de agradar os clientes nessas plataformas, especialmente através da personalização do atendimento e a utilização de tecnologias que viabilizem e facilitem a compra.

No caso das redes sociais, investir em lives para fazer demonstrações de funcionamento dos produtos e tirar dúvidas sobre as mercadorias também são formas eficientes de atrair novos consumidores.

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