4 Passos para montar Gôndolas Perfeitas

  • As gôndolas de supermercado devem ser montadas levando em conta os principais focos de atenção do consumidor, seja nas prateleiras ou na loja.
  • É preciso colocar os produtos de maior rotatividade em áreas mais nobres e aqueles que dependem de um menor giro em locais mais periféricos.
  • Separá-los por categorias e marcas é uma forma de proporcionar conveniência e praticidade para que o consumidor encontre o que ele está procurando.
  • Mas, além disso, também é preciso pensar na parte estética da organização, que também gera impacto para os negócios da loja. 

Quem está acostumado a lidar com o comércio varejista sabe bem a importância de manter as gôndolas bem organizadas. Não é apenas uma questão de estética, pois as prateleiras arrumadas têm a capacidade de gerar impactos positivos nas vendas.

Como veremos neste texto, há diversas formas e métodos possíveis de montar as gôndolas, mas todos precisam obedecer uma lógica ligada ao comportamento do consumidor.

O fluxo de clientes, a marca dos produtos, o preço, etc, são algumas das coisas que irão influenciar na compra do consumidor e, por isso, a organização das gôndolas deve levar todos esses pontos em consideração.

Esses são alguns aspectos básicos para se ter em mente antes de falar sobre os nossos 4 passos para montar as gôndolas. Mas, agora, vamos detalhá-los de forma organizada para que as empresas possam se beneficiar desses métodos.

1- Como Planejar a Montagem das Gôndolas

Como já dissemos em nossa introdução, o comportamento do consumidor é a principal informação que irá estruturar a montagem das gôndolas.

Neste momento, podemos usar um conceito que é muito aplicado não apenas nos negócios, mas também em outras áreas onde é necessário saber os resultados das decisões tomadas, que é a árvore de decisão.

Trata-se de uma tabela que deverá ser montada levando em conta o produto, a categoria em que ele está inserido e o perfil do cliente para encontrar o melhor lugar para cada mercadoria.

Para descobrir detalhes sobre o perfil dos consumidores, a empresa já deve ter um bom conhecimento sobre eles, mas, se ainda não tiver, o melhor a ser feito é uma pesquisa de mercado.

Quando a empresa já conhecer seu consumidor e entender direito qual é a relação de consumo que tem com cada um deles, deverá usar a altura dos olhos como referência para organizar as prateleiras:

  • Na altura dos olhos: Área mais nobre e mais notada pelo cliente, que é onde ficam os produtos que serão vendidos com mais frequência.
  • Acima da cabeça: Parte menos notada, onde entram os produtos para preencher os espaços vazios.
  • Abaixo da cintura: Área menos notada, mas que ainda recebe alguma atenção do consumidor. Costuma-se colocar os produtos mais baratos nessa região.

2- Defina as Categorias de Cada Produto

Agora que já identificamos que há áreas nas gôndolas destinadas para cada produto de acordo com o fluxo de vendas de cada um, é preciso definir a categoria de cada mercadoria.

Sim, as categorias também dizem muito a respeito da demanda de cada item. Afinal, um item básico sempre estará entre aqueles de maior procura.

Outro exemplo que podemos dar são os itens de checkout que, por não demandarem muito espaço, muitas vezes ficam próximos do caixa para motivar compras por impulso. Afinal, não são muitas pessoas que saem de casa só para procurá-los.

Além da demanda de cada mercadoria e do espaço mais adequado para posicioná-la, é indicado que a empresa coloque itens das mesmas categorias próximos uns dos outros.

Por exemplo: se montou uma sessão colocando produtos para faxina, o melhor é que todos os produtos relacionados a isso sejam colocados lado a lado para facilitar a compra do cliente.

Além de gerar comodidade para o consumidor, isso também motiva compras por impulso, pois ele pode ver um produto que o atrai e também pode se lembrar de alguma mercadoria que havia se esquecido de que precisava de comprar.

3- Mapa de Calor

O mapa de calor é um conceito muito simples que trabalha com a ideia de áreas da loja que recebem um fluxo maior ou menor de clientes, sendo que as mais movimentadas são chamadas de “quentes” e as menos frequentadas de “frias”.

Em geral, as áreas mais centrais dos corredores e da própria loja costumam ser as mais visualizadas pelos clientes. No entanto, é claro que isso pode variar conforme cada estabelecimento.

Por ser uma estratégia que foca na atenção do consumidor, adota ideias parecidas com as que foram mencionadas no primeiro tópico.

No entanto, aqui o foco é mais amplo, pois a posição dos produtos na prateleira varia de acordo com os lugares que o cliente olha enquanto no mapa de calor está relacionada a por onde ele passa.

Ou seja, o mapa de calor não apenas vai usar o método da organização das prateleiras como também vai considerar os lugares mais movimentados para posicionar os produtos.

Deste modo, as áreas periféricas da loja serão voltadas para itens que o consumidor compra com menos frequência ou que não precisam de ter uma rotatividade tão grande, como ocorre com os produtos pouco perecíveis.

O mapa de calor também pode ser utilizado para tentar aumentar o fluxo de clientes em determinadas áreas da loja. 

Um bom exemplo disso são as padarias que, muitas vezes, ficam no fundo da loja, pois o cheiro dos pães se espalha pelo estabelecimento e motiva o cliente a andar por todo o ponto de vendas até chegar no que deseja.

Ou seja, neste caso, o consumidor irá percorrer uma área muito maior da loja e verá mais produtos, o que pode motivá-lo a levar outras mercadorias além das que ele planejava.

Ponta de Gôndola

E, por falar em mapa de calor, outro espaço da loja que é um pouco menor, mas com um potencial comercial gigante são as pontas de gôndola.

Esses são os espaços que ficam ao final das prateleiras e de frente para os corredores principais dos estabelecimentos e que possuem uma visibilidade muito grande.

Imediatamente quando o cliente passa pelos corredores principais da loja, ele dá de cara com os produtos da ponta de gôndola. Por isso, é preciso organizá-la de forma especial.

Por ser uma área privilegiada, o mais importante é colocar nela aqueles produtos que precisam manter uma rotatividade maior ou até os itens que podem motivar compras por impulso.

Se a empresa quer chamar atenção para mais mercadorias, mas que não cabem naquele espaço reduzido, pode colocar itens que têm alguma ligação com a categoria de cada corredor.

Por exemplo, se aquela for uma sessão com molhos, enlatados, especiarias, conservas e temperos, o espaço da ponta de gôndola pode ter algum produto relacionado que complementa os demais, como o azeite.

4- Tenha Atenção à Estética

Depois de saber tudo o que é necessário sobre a atenção do consumidor, a organização das prateleiras e os pontos privilegiados da loja, resta saber mais sobre a parte estética na hora de arrumar as gôndolas.

Sim, além da coerência na disposição dos produtos e das estratégias comercialmente viáveis, as prateleiras também precisam estar bonitas para agradar o cliente.

A boa estética, nesses casos, vem da forma de colocar os produtos em bloco, ou seja, separando-os pela mesma marca. 

Ao lado de cada bloco, o ideal é colocar outros produtos iguais, porém de marcas diferentes, para que haja uma coerência nas sessões do supermercado.

Os produtos podem ser colocados de forma vertical ou horizontal, por exemplo, de acordo com o que for mais conveniente para a empresa ou com a quantidade de produtos que ela possui.

Organizar as mercadorias dessa forma não é apenas mais agradável visualmente, mas também facilita a compra do consumidor, que pode encontrar o produto que deseja de forma mais simples, sem precisar procurar muito.

Cada comércio pode chegar a uma conclusão diferente sobre a melhor maneira de organizar as suas gôndolas, mas para que elas fiquem da melhor maneira possível, os métodos citados deverão ser utilizados de alguma maneira.

Mas, se a empresa estiver preocupada em gerar conveniência, praticidade e um bom layout em suas prateleiras, ela já tem a filosofia necessária para chegar ao melhor resultado possível.

Conclusão

Assim como a maior parte dos serviços desempenhados no varejo, a organização das gôndolas depende de planejamento e aplicação de bons métodos.

No caso da organização, o principal é pensar sob a perspectiva do consumidor e identificar quais são os espaços das gôndolas e da loja que chamam mais a atenção de quem está comprando.

Ao identificar as áreas nobres e as periféricas, a empresa também irá perceber quais são os melhores espaços para deixar os produtos que precisam ter uma rotatividade mais alta e mais baixa.

Depois de identificar esses espaços, é preciso organizar as prateleiras por blocos, ou seja, dividindo as sessões por categorias e colocando os produtos da mesma marca todos juntos, dispondo-os horizontalmente ou verticalmente.

Seguindo esses métodos, a empresa deixará suas prateleiras bonitas, facilitará a busca do cliente por aquilo que ele deseja comprar e poderá até gerar mais compras por impulso.

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