- O visual merchandising é uma excelente estratégia para vender mais, mas para isso, a empresa deve explorá-lo de uma maneira que seja adequada.
- Para praticá-lo de maneira correta, a empresa precisa conhecer o comportamento de seu público alvo e o que o estimula a fazer compras.
- O objetivo é usar os recursos disponíveis para deixar o ponto de vendas mais agradável e interessante para o consumidor fazer as suas compras.
- Para que isso seja feito, é possível organizar todo o espaço da loja e até mesmo explorar as características de cada produto para atrair o consumidor.
Muitas vezes, o cliente em um supermercado se sente atraído por coisas que estimulam seus sentidos, como o cheiro de um produto que ele gosta, uma degustação ou mesmo pegar na mercadoria para analisá-la melhor. Mas, certamente, uma das coisas que mais lhe agrada é um visual merchandising bem feito, com todos os elementos que despertam seu interesse por uma mercadoria e estimulam sua vontade de querer adquirir novos itens.
Uma das principais vantagens desse tipo de estratégia é a versatilidade que ela carrega, pois qualquer segmento de negócio pode explorá-la e adaptá-la de acordo com os interesses de seu público alvo e de seu segmento de mercado. Além disso, pode ser algo bastante econômico de ser colocado em prática, sendo que, muitas vezes, a empresa pode usar este recurso explorando os produtos, espaço e equipamentos que ela já possui.
Para se obter uma estratégia de visual merchandising que seja bem sucedida, é preciso ter em mente alguns elementos que são essenciais para se fazer um bom planejamento: qual é o público alvo da empresa, qual é o comportamento do seu público dentro dos pontos de venda, que tipo de serviço e produto a loja se propõe a oferecer e que tipo de coisa atrai a atenção do consumidor no momento em que ele está fazendo a sua compra.
Estratégias de Visual Merchandising
Planejamento voltado para o consumidor
O visual merchandising deve focar suas estratégias para atrair a atenção do consumidor e existem várias formas de se fazer isso. Um planejamento eficiente dará ao cliente aquilo que o atrai, que pode ser uma gôndola com grande variedade de produtos, um anúncio de promoção, um item diferenciado ou um ambiente aconchegante. Cada local deverá chegar a um resultado diferente de acordo com o seu segmento de mercado.
Cada comércio deve ter atenção ao contexto em que está inserido, pois um público que frequenta um estabelecimento conhecido como “barateiro” é bem diferente do que vai a um local pela variedade de produtos requintados. Portanto, é preciso saber quais são os produtos que atraem mais um determinado público e se é possível chamar a atenção para o preço ou para alguma forma vantajosa de pagamento.
Mesmo que um ponto de venda opte por oferecer aconchego com luzes e uma boa decoração ou pense em espalhar cartazes com as ofertas que estão imperdíveis, os produtos ocupam sempre uma parte fundamental para a estratégia. Portanto, é importante ter um bom mix com itens bonitos, mais cobiçados, baratos, que sejam novidades ou que tenham qualquer outra característica que tenha maior apelo com o público.
Faça uma boa composição do ambiente
Há muitos recursos que podem ser usados nos pontos de venda que servem para atrair o olhar do consumidor, detalhes que chamam atenção mesmo que o frequentador do estabelecimento esteja desatento olhando para outra coisa. Isso é algo muito importante, pois dentro de uma loja, o cliente pode estar distraído com uma conversa, com o celular ou qualquer outra coisa e, por isso, é importante voltar seu foco para algum ponto específico.
Nesse momento, é importante combinar elementos como iluminação, cores e imagens que possam atrair o consumidor para um determinado ponto. No entanto, é preciso ter cuidado na hora de utilizar esse recurso, pois se houver qualquer tipo de excesso, o efeito pode ser o oposto, causando uma sensação de incômodo nas pessoas, seja por causa de uma grande poluição visual ou pela quantidade de luzes e cores que podem ser desagradáveis.
Tudo precisa ser bem dosado e levar em conta todo o cenário da loja, afinal, destacar um determinado ponto é diferente de destoá-lo do restante do ambiente. Esses recursos devem servir para harmonizar com o cenário do ponto de venda e não para conflitar com o restante das coisas que estão compondo o local. Se houver alguma dúvida sobre como usar esses recursos, o comerciante pode recorrer a um profissional da decoração para ajudá-lo.
Ambiente organizado, limpo e espaçoso
É desagradável para o cliente caminhar por corredores muito estreitos, olhar para gôndolas onde os produtos estão posicionados de forma muito confusa e principalmente frequentar lugares que são muito sujos. Toda a organização do local deve ser pensada para que o cliente queira entrar ali e permanecer algum tempo olhando os produtos. Para isso, ele não pode ter muitos atritos na hora da compra, senão vai querer sair rapidamente.
Nessas horas, é bom pensar na organização das prateleiras sob a ótica do cross merchandising, buscando compor ilhas de produtos ordenadas por interesses e separadas por espaços temáticos. Dessa forma, o cliente terá muito mais facilidade de encontrar o produto que ele está procurando e terá muito mais chances de ver outros itens relacionados que podem interessá-lo também, o que favorece as compras feitas por impulso.
É sempre bom lembrar que um ambiente limpo e organizado é sinônimo de boas experiências de compra para o consumidor e, quando isso ocorre, as chances de ele se tornar um cliente fidelizado são maiores. Por isso, os produtos não devem ser apenas depositados na prateleira, sem uma lógica para posicioná-los, pois uma compra agradável depende que os itens sejam disponibilizados de forma interessante para o público.
Adotando essas estratégias de visual merchandising, o comerciante vai levar em conta os gostos pessoais do consumidor, proporcionar uma experiência de compra agradável, minimizar as frustrações que ele irá encontrar pelo ambiente e disponibilizar os itens de acordo com o foco de atenção dele. Por isso, essa é uma estratégia que leva em conta os principais pontos de uma boa atração e venda.
Organize as gôndolas
A organização dos produtos deve ser pensada de acordo com aquilo que o cliente mais presta atenção. Uma boa forma de se orientar quanto a isso é tomando como referência o nível dos olhos das pessoas, pois é a direção na qual elas costumam prestar mais atenção. Nesta altura, é mais indicado que sejam posicionados os produtos mais prestigiados, que se deseja vender em maior quantidade.
Nas partes mais altas, acima da cabeça, pode-se colocar os produtos menos procurados ou que estão ali somente para poder preencher a prateleira. Já no nível da cintura para baixo, podem ser colocados os produtos de valor mais barato, pois não faz muita diferença que eles não estejam no campo de visão do consumidor, afinal, sua procura é bem alta e, com certeza, a saída deles continuará sendo grande, independente do seu posicionamento.
Conclusão
O visual merchandising é uma estratégia para atrair mais clientes que usam noções de marketing sensorial. Através de uma boa organização do espaço do ponto de vendas, uso de recursos decorativos para atrair a atenção das pessoas e gôndolas e corredores ordenados de acordo com os interesses do cliente. Os recursos visuais precisam estar de acordo com o perfil do cliente, portanto, é preciso ter cuidado para não extrapolar.
É importante ter atenção em alguns pontos: quais produtos ficarão em destaque para chamar atenção do consumidor; se a gôndola ficará cheia, indicando variedade, ou se ficará mais espaçada, indicando exclusividade, e se vale a pena colocar anúncios sobre ofertas ou condições de pagamento imperdíveis. Independente da estratégia adotada, o mix de produtos sempre ocupa um espaço importante no planejamento.
O comerciante precisa lembrar que, muitas vezes, o cliente faz compras de forma distraída e, por isso, o ambiente precisa ter pontos que sejam chamativos para que ele volte a sua atenção para as coisas que estão ao seu redor. Nessa hora, vale a pena combinar recursos como o de iluminação ou de imagens que sejam agradáveis, sempre lembrando de não abusar para que não haja poluição visual ou para que nada seja incômodo para o público.
Além de chamar a atenção para detalhes à sua volta, é preciso se lembrar que uma compra não pode oferecer muitas sensações desagradáveis ao consumidor. Portanto, um dos detalhes mais importantes é a organização e a limpeza do ambiente. Além da desorganização e a sujeira, a falta de espaço para o cliente passear pode ser motivo de grandes frustrações, fazendo com que ele tenha vontade de sair da loja depressa.
É sempre bom se lembrar que o consumidor possui um padrão para focar a sua atenção. Normalmente, ele prioriza aquilo que está na altura de seus olhos e, assim, as gôndolas devem ser organizadas pensando nisso. Os produtos mais importantes devem estar centralizados, os mais baratos ocupando a parte de baixo da prateleira e os itens que são menos importantes devem ficar na parte mais alta, acima da cabeça do consumidor.