- Os furtos e roubos não apenas colocam a segurança de um estabelecimento em risco, mas também geram prejuízos para os cofres de uma empresa.
- Um levantamento apontou que esse tipo de ação criminosa ocorre uma vez a cada oito segundos dentro dos comércios varejistas no Brasil.
- É preciso entender que roubos são atos violentos e furtos são subtrações sem ameaças e agressões. Isso ajuda a planejar estratégias para essas situações.
- Para se prevenir contra o crime, a empresa deve ter atenção a ações suspeitas, treinar a sua equipe, fazer inventário de estoque e usar sistemas de segurança.
Os crimes de fraudes, furtos e roubos no varejo são razões recorrentes de perdas e prejuízo financeiro para os comércios que carecem de soluções efetivas para diminuir a ocorrência desses delitos. São problemas que, além de afetar os resultados da loja, acabam também atrapalhando a segurança do estabelecimento, o que se torna comprometedor para aquele ambiente, pois ele começa a ser cada vez mais frequentado por pessoas de má índole.
De acordo com o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, entre o primeiro semestre de 2020 e 2021, foram registrados em todos os segmentos do varejo no Brasil uma marca de 1,9 milhão de golpes, o que significa que um ataque criminoso é praticado a cada oito segundos no país. Um número assustador que revela que todos os comércios do Brasil estão sujeitos aos perigos desse tipo de ação, o que demanda certas precauções.
No entanto, é preciso ter um método para coibir esse tipo de ato criminoso, pois fiscalizar e abordar consumidores na loja é algo que demanda muita cautela, afinal, uma atitude precipitada pode colocar a reputação da empresa em risco, afastar clientes e pode inclusive motivar ações judiciais contra a loja. Por isso, é importante contar com os recursos certos para garantir maior eficiência no monitoramento da loja e, assim, evitar os furtos e roubos.
Qual é a Diferença Entre Furto e Roubo?
Furto
O furto é uma ação criminosa em que há a subtração de um produto, mas sem que para isso o ladrão faça uso da violência. O exemplo mais comum desse tipo de crime é quando a pessoa, se passando por um cliente, entra no estabelecimento e pega um produto, esconde-o em algum lugar e sai da loja sem pagar por ele. É mais comum que esse ato ocorra em locais da loja sem fiscalização ou que tenham menor movimento de pessoas.
Esse tipo de ação pode acontecer por meio de invasões em momentos em que as lojas estão fechadas ou até mesmo através de colaboradores e gestores que possuem acesso ao ponto de vendas e às informações sobre o processo logístico e seu de armazenagem. É muito comum que funcionários cometam delitos através da adulteração do peso de um produto, contagem errada de mercadorias, ocultação de itens e violação de embalagens.
Os estabelecimentos também estão sujeitos a furtos que acontecem por meio de fraudes como, por exemplo, a manipulação de etiquetas, em que uma pessoa troca o preço de um produto mais caro por outro semelhante, de valor mais baixo.
Roubo
O roubo também é uma situação em que um bem é subtraído, mas, ao contrário do furto, é acompanhado pelo uso de violência. Ainda que seja só uma ameaça, sem a consumação de atos de brutalidade ou sem nenhum outro tipo de consequência mais séria, o crime já pode ser qualificado como um roubo.
O roubo pode ser acompanhado de violência física, uso de armamentos e constrangimento, entre outros atos de natureza agressiva. Ele pode ocorrer não apenas durante o período de funcionamento da empresa, mas também em seu horário de abertura ou até mesmo após o fechamento, no momento em que os funcionários estiverem fazendo as operações de sangria do caixa e encerramento do expediente.
Como Evitar Furtos e Roubos
Apesar de serem crimes muito comuns, é possível tomar algumas atitudes para se prevenir contra furtos e roubos, principalmente por meio do treinamento da equipe e do uso de equipamentos tecnológicos. Abaixo, nós citamos cinco dicas de como o comerciante pode proteger seu negócio da ação de ladrões.
Atenção em condutas suspeitas
Existem alguns comportamentos que normalmente as pessoas que estão prestes a subtrair algum produto costumam ter. Olhar para os lados com muita frequência, derrubar uma mercadoria no chão para poder escondê-la logo em seguida, passar muito tempo em áreas menos movimentadas dentro da loja e mexer frequentemente na bolsa de maneira suspeita são alguns exemplos de condutas que devem chamar a atenção da equipe.
Comércios varejistas trabalham com produtos que interessam a todos os públicos e isso atrai furtadores de qualquer classe social. Portanto, as empresas precisam ter cuidado para não criar estereótipos baseados na aparência ou vestuário, pois os criminosos nem sempre têm o mesmo perfil. Abordar sempre pessoas com as mesmas características pode causar decisões precipitadas e levar os fiscais a negligenciar suspeitos fora do perfil esperado.
Saiba o momento de agir
Uma vez que há uma suspeita de tentativa de furto, é preciso saber o momento certo de agir. O ideal é que o furtador seja abordado na hora em que estiver saindo da loja, depois que já tiver passado da área de venda, depois dos caixas. Em seguida, ele deve ser levado para uma área reservada, onde não haja clientes por perto.
Se a abordagem for feita antes desse momento, o infrator poderá alegar que ainda iria pagar pelo produto ou que os fiscais estariam se precipitando e causando-lhe constrangimento. É muito importante ter atenção a isso, pois ações nas quais o flagrante não está claro podem atrair processos judiciais para a empresa e podem até mesmo afetar pessoas que são, de fato, inocentes.
Monte e capacite a equipe profissional
Para diminuir o número de furtos, a empresa deve começar pela formação de sua equipe, pois é fundamental que ela seja composta por membros de confiança e, para isso, é importante que a empresa avalie a conduta e o histórico de todas as pessoas que se candidatarem para trabalhar na loja. Verificar as referências no currículo pode ser uma boa forma de identificar bons profissionais.
A loja também pode oferecer treinamento para seu time. O objetivo é que os colaboradores sejam capazes de ajudar a perceber e verificar condutas suspeitas e consigam informar os fiscais sobre o perigo em tempo oportuno.
Use sistemas internos de segurança
É indispensável que os comércios varejistas tenham seu sistema de segurança com câmeras, alarmes e uma equipe de monitoramento que fiscalize toda a movimentação do estabelecimento e do trabalho da equipe. É muito importante que os equipamentos não tenham pontos cegos que impeçam o seu uso perfeito, pois isso facilitará a identificação de ações de criminosos.
Faça inventários de estoque
Os inventários de estoque são um recurso importante para garantir que a empresa realmente possui em seu acervo a quantidade de produtos que foi estipulada. Perdas desconhecidas e quebras operacionais constantes sem nenhum motivo aparente são um mau sinal. Casos desse tipo devem ser anotados e notificados constantemente, pois essas informações são elementos chave para que a empresa possa tomar uma atitude preventiva.
Conte com a ajuda de softwares de gestão para supermercados para otimizar a tarefa do inventário, pois se for realizada manualmente, haverá mais chances de ocorrer erros e até mesmo fraudes.
Conclusão
Os crimes de furtos e roubos são muito recorrentes no Brasil e, além de causarem prejuízos para as empresas, eles também trazem insegurança para o ponto de venda. Embora sejam ações semelhantes e que causam impactos parecidos, tratam-se de coisas diferentes, pois o furto é a subtração de um item sem que isso seja acompanhado de uma ação violenta, enquanto o roubo também pode conter ameaças, agressões e outros tipos de constrangimento.
As estratégias e métodos para conter as ações criminosas são o que garante a eficiência da prevenção contra os delitos, pois decisões precipitadas na hora de fiscalizar e abordar um suspeito podem não coibir os furtos e roubos e, além disso, podem acabar sendo invasivas para os clientes honestos que estão apenas tentando fazer as suas compras dentro do estabelecimento. É preciso saber qual é a hora certa de tomar uma atitude e como fazer.
É preciso saber identificar as atitudes suspeitas de criminosos que tentam despistar a equipe de segurança para poder levar produtos sem pagar e também é necessário que todos os colaboradores estejam capacitados para reconhecer esse tipo de conduta e, principalmente, saber como proceder diante dessas situações. Os fiscais devem ser acionados e o infrator não deve ser abordado na área de vendas do estabelecimento, e sim em local privado.
Também é importante que o comerciante se lembre que ele pode contar com aparatos tecnológicos como aliados na segurança do seu ponto de vendas. Circuitos internos de segurança podem ajudar a monitorar todas as áreas do estabelecimento, se forem instalados de maneira adequada. Na hora de fazer os inventários de estoque, os softwares de gestão também podem facilitar a tarefa de conferir se houve extravio de algum produto.
