O que esperar da Black Friday 2022

  • Em 2022, algumas tendências da Black Friday devem ser influenciadas pela Copa do Mundo como, por exemplo, uma venda maior de bens duráveis.
  • O planejamento da venda deve levar em conta o crescimento de determinados setores para saber quais são os produtos que a empresa deve vender.
  • O e-commerce e o marketing digital são dois recursos de grande potencial e que podem fazer toda a diferença para aumentar as vendas neste período.
  • É preciso pensar nas diferentes formas de pagamento disponíveis atualmente no mercado para que os clientes consigam concluir suas compras.

As expectativas para a Black Friday de 2022 são bastante otimistas. Afinal, este é o primeiro ano sem medidas restritivas contra o coronavírus, além de estarmos próximos da Copa do Mundo.

O faturamento em 2021 já mostra alguns sinais de recuperação, já que foi superior ao de 2020. O crescimento nominal, de acordo com o levantamento da NielsenIQ|Ebit, foi de 5% e o aumento do ticket médio foi de 16%, chegando aos R$753.

Apenas essas informações já esboçam um cenário otimista para a Black Friday, que já é uma das principais datas do varejo brasileiro, mas vamos lançar um olhar mais aprofundado sobre o que esperar desta ocasião em 2022.

Copa do Mundo e Black Friday

A Black Friday é uma data em que o comércio já fica aquecido porque muitas pessoas aproveitam a proximidade com o natal para conseguir antecipar os presentes.

Mas, em 2022, teremos a Copa do Mundo FIFA no Catar e isso deve ter uma grande influência nos hábitos dos consumidores, sobretudo aqueles que estão mais ansiosos pelo mundial de futebol.

Outra pesquisa que também foi feita pela Nielsen mostra que os bens duráveis devem ser os produtos de maior venda neste ano.

Isso se deve ao fato de que os eletrodomésticos são as principais alternativas de compra de 59% dos entrevistados, enquanto celulares e tablets foram citados por 57% dos consumidores.

Outros itens que apareceram na lista foram os de vestuário (56%), notebooks (38%) e móveis (26%).

A influência do futebol nas compras foi destacada pela pesquisa, que apontou que 87% do público consumidor da Black Friday diz gostar do esporte e, deste total, 65% consideram-se fãs.

56% dos consumidores disseram que estão guardando dinheiro para a época da Copa do Mundo, o que indica que, além de focar nos produtos mais procurados, os lojistas também precisam pensar em estratégias de venda voltadas para o torneio.

Vale lembrar que é fundamental investir em produtos voltados para aqueles que vão acompanhar os jogos. Afinal, o evento dura um mês e, durante este período, o engajamento com o mundial promete ser alto.

A Black Friday será no dia 25 de novembro, mas a Copa do Mundo começará no dia 20. Isso significa que a euforia pelo futebol já estará alta quando as ofertas começarem a ser anunciadas.

É preciso pensar não apenas nas estratégias de venda de produtos, mas também no marketing para a ocasião para surfar no engajamento proporcionado pelas partidas de futebol, mas sem deixar a Black Friday de lado.

Hora de Planejar as Vendas

As empresas podem levar em conta alguns fatores para se planejar para receber os clientes nesta Black Friday, inclusive o aumento nas vendas, que deve ocorrer na própria data.

De acordo com um levantamento feito pelo Instituto Ipsos, encomendado pelo Google Brasil, o número de consumidores que devem ir às compras neste ano é 29% maior do que em 2021.

Outro indicador importante é o aumento nas vendas previstas para o natal deste ano, que deve ser de 2,1% em relação ao ano passado, de acordo com a CNC (Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

Junto a esses fatos, também podemos levar em consideração o desempenho de cada setor da Black Friday no último ano. O padrão de aumento nas vendas não necessariamente vai crescer, mas, ainda assim, é uma tendência que tem a possibilidade de se manter.

Os números a seguir foram levantados pela Social Miner e são referentes ao crescimento de cada setor na Black Friday de 2021: 

  • Beleza: 38,4%
  • Farmácia e saúde: 25,7%
  • Moda e Acessórios: 7,9%
  • Alimentos: 6,1%
  • Decoração: 5,5%
  • Casa e Construção: 4,6%
  • Bebidas: 3,5%

O Potencial do Digital

Testemunhamos durante a pandemia um grande aumento nas compras pelo e-commerce e, agora que os consumidores já conhecem a comodidade de comprar pela internet, muitos devem fazer essa opção.

Mas, por outro lado, esta será a primeira Black Friday sem nenhuma restrição imposta para conter o coronavírus. Isso deve motivar muitos clientes a ir às compras no varejo físico que, por sua vez, ainda possui grande relevância comercial.

Diante disso, as empresas devem se preparar para reforçar a sua presença nos meios digitais durante este período, seja com iniciativas de marketing, divulgação de ofertas e promoções ou até mesmo para vender mercadorias.

Isso vale até mesmo para as empresas cujo foco de atuação é o varejo físico, pois o marketing digital pode ter um alcance maior do que as publicidades em veículos de mídia tradicionais, como jornais e rádios, por exemplo.

Por outro lado, ainda há uma tendência de crescimento das vendas pelo e-commerce e as pesquisas confirmam isso.

Segundo o levantamento feito pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), o Brasil registrou no primeiro semestre de 2022 um faturamento total de R$73,5 bilhões, o que representa um aumento de 5% em comparação ao mesmo período de 2021.

Se a empresa puder, o ideal é que consiga garantir que todos os seus serviços sejam oferecidos tanto pelos canais digitais quanto pelas vendas presenciais.

Esses serviços são: atração de clientes, seleção de produtos, compra, pagamento, retirada da mercadoria e etapas de pós-venda (como devolução, trocas, reclamações, sugestões de novos produtos, etc.)

Tudo isso faz parte de uma estratégia para garantir que o cliente consiga personalizar o máximo de etapas possível da jornada de compras para que ele tenha a melhor experiência de consumo que a loja é capaz de oferecer.

Outros Diferenciais Importantes

Garantir que o cliente consiga personalizar a sua jornada de compra nos leva a outro ponto muito importante para garantir que ele consiga concluí-la, que são as diversas formas de pagamento disponíveis atualmente.

Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em 2021 mostrou quais são os meios que os brasileiros mais utilizam na hora de pagar pela compra. 

Entre eles, estão: 

  • Dinheiro (71%)
  • PIX (70%)
  • Cartão de débito (66%)
  • Cartão de crédito (57%)

As compras também podem ser largamente impulsionadas pelos benefícios oferecidos na hora da compra, principalmente nas formas de pagamento que oferecem cashback e pontos e milhas.

Algumas outras podem surgir como iniciativa não das operadoras e correspondentes bancários, mas sim das próprias lojas do varejo.

Para sair na frente, elas devem apostar no frete grátis, descontos, promoções e cupons de ofertas que estimulem o cliente a fazer novas compras na loja.

Esta última forma, em especial, pode ser muito útil porque permite que as empresas ofereçam benefícios ao cliente a partir de um determinado valor em compras.

E, com isso, a loja garante que não terá prejuízos com as vendas e consegue incentivar que os consumidores façam mais compras para obterem uma recompensa.

Se o empreendedor parar para analisar as possibilidades, verá quais delas são capazes de atender o seu modelo de negócios.

O principal é estar atento às tendências e inovações que já foram testadas e se mostraram bem sucedidas e, desta forma, aumentar ainda mais as chances de realizar uma grande Black Friday em 2022.

Conclusão

As tendências para a Black Friday de 2022 devem ser voltadas para proporcionar boas experiências de compra para o consumidor.

Para isso, é preciso conhecer bem a demanda dos produtos e apostar no marketing digital e no e-commerce para poder vender mais, além de proporcionar ao cliente diferentes formas de pagamento.

É preciso ter noção de que a Copa do Mundo deve ter uma boa influência sobre a demanda deste ano e, por isso, a procura por bens duráveis como celulares, tablets e notebooks, além de móveis e itens de vestuários deve aumentar.

Além deles, outros produtos que tiveram alta na procura no ano passado também podem seguir a tendência de aumento para este ano.

É o caso dos itens de beleza, farmácia e saúde, moda e acessórios, decoração, casa e construção, alimentos e bebidas.

Esta será a primeira Black Friday depois do isolamento social, o que significa que a previsão é que as vendas aumentem e, por isso, os vendedores devem caprichar para se destacar da concorrência.

Mantenha boa presença digital para captar mais consumidores e permitir a eles uma maior personalização de cada etapa de sua compra.

Além disso, ofereça todas as principais formas de pagamento para que o seu cliente consiga concluir a compra com o máximo de comodidade.

Ao ter atenção às principais tendências de consumo e com serviços e produtos de qualidade, a empresa terá todas as qualidades para fazer bons negócios durante a Black Friday deste ano.

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